sexta-feira, 27 de maio de 2011

Marinha Grande: Louçã com GPS apontado à saúde


Em manhã dedicada à saúde, Francisco Louçã recordou hoje o empenho do Bloco para a aprovação da lei que “deixou de considerar os toxicodependentes como criminosos”, num dia em que lhe disseram "não ser dos piores" entre os políticos.

As coordenadas para o distrito de Leiria estão hoje programadas no GPS do Bloco, tendo o dia começado com uma dupla visita na área da Saúde. Na Marinha Grande, primeiro foi o Centro de Respostas Integradas – que muitos, apenas reconhecem pela anterior denominação de Centro de Atendimento a Toxicodependentes, ou mais simplesmente CAT – e depois o Centro de Saúde, onde as queixas sobre a falta de médicos se repetiram, tal como tinha acontecido em Loulé já esta semana.

À saída do Centro de Saúde da Marinha Grande – e antes das declarações da praxe aos jornalistas – Louçã foi interpelado por um senhor, que do alto da experiência das suas muitas primaveras, lhe perguntou se ele já tinha reparado nos médicos ausentes.

O líder do Bloco, que pensou que também este cidadão estaria a falar da falta dos profissionais de saúde, disse que tinha recebido a “listagem” das queixas, incluindo essa.

“Não há falta de médicos nenhuns. Os ladrões são tantos neste país que é isto. E agora anda este aparato todo atrás e o senhor ainda não é dos piores”, atirou de forma assertiva. Equívoco desfeito e, Louçã, de resposta pronta, disse esperar ser “dos melhores”.

Louçã sublinhou que “no combate à toxicodependência Portugal fez grandes mudanças ao longo dos últimos anos”: “O SNS tem hoje mais dificuldades mas um dos aspetos em que mais melhorou foi a aprovação, há uma década atrás, de uma lei modelo em que o BE se empenhou imenso, que deixou de considerar os toxicodependentes como criminosos e passou a trazê-los para o SNS”, recordou.

O líder do BE aproveitou o momento para deixar mais uma “farpa” à direita: “Sei que nessa altura houve uma enorme resistência da direita, que votou contra, que não quis, que resistiu”.

Para comprovar a qualidade do modelo, Louçã afirmou que este é “internacional” e “que aparece como referência” nos Estados Unidos e noutros países europeus.

“Devemos olhar para este modelo com a preocupação de que ele seja cada vez melhor, possa responder ao alcoolismo, que é a principal toxicodependência em Portugal”, lamentou, relatando que é “um dos principais impulsos até para o assassinato de mulheres, que é o crime de homicídio mais grave em Portugal”.

Ainda na Marinha Grande, mas já depois do almoço, a caravana do Bloco seguiu para a Iberomoldes, um grupo de empresas que exporta cerca de 95 por cento da sua produção de componentes técnicos de plástico.

Empregando cerca de 1000 pessoas, entre Portugal e o Brasil, a empresa fundada em 1975, investiga e desenvolve, entre outras, para a indústria automóvel, da saúde, dos eletrodomésticos.

Lusa

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