O líder do CDS-PP, Paulo Portas, reiterou hoje que não foi informado da existência de diferenças entre os documentos do acordo assinado com a ‘troika’ e disse que “o primeiro-ministro tem contactos curtos e intermitentes com a realidade”.
“Os factos não são opiniões. Não informou. O primeiro-ministro tem contactos curtos e intermitentes com a realidade”, afirmou Paulo Portas .
O presidente democrata cristão, que falava aos jornalistas no mercado de Leiria, acrescentou que dirigentes do seu partido iniciaram durante esta semana um processo de comparação dos documentos, assim que foram tornados públicos.
Em declarações à SIC na quinta-feira, o primeiro-ministro, José Sócrates explicou que foram "assinados pelo Governo português e também pelos partidos", PSD e CDS-PP, "dois documentos", um com a Comissão Europeia e outro com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e que, na reunião do Ecofin, a 17 de maio, foi realizada uma “atualização” do documento da Comissão, tendo em vista “compatibilizá-lo” com o do FMI.
“Quanto às datas, havia datas diferentes no documento da Comissão [Europeia] e no documento do FMI. Foi preciso compatibilizá-las e essa compatibilização foi feita no ECOFIN. Mas essas datas e esses dois documentos eram do conhecimento dos partidos desde o dia em que assinámos”, afirmou o primeiro-ministro demissionário e líder do PS.
Aquela estação de televisão tinha noticiado a existência de duas versões do acordo e que na primeira versão, por exemplo, as alterações ao regime de indemnizações por despedimentos teriam de estar prontas até setembro de 2011. Na segunda versão, o prazo é encurtado dois meses, para o fim de julho.
Numa nota enviada à Lusa na quinta-feira, o Ministério das Finanças confirmou hoje que existem "ajustamentos pontuais" entre a versão preliminar do texto e a versão final do acordo que firma o resgate financeiro a Portugal, aprovado no Ecofin a 17 de maio.
Lusa
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