domingo, 29 de maio de 2011

Leiria: PAN promoveu piquenique vegetariano para alertar para consequências do consumo de carne

O Partido pelos Animais e pela Natureza (PAN) promoveu hoje um piquenique vegetariano na freguesia de Milagres, concelho de Leiria, para alertar para as consequências do consumo de carne no meio ambiente.

O presidente do PAN, Paulo Borges, explicou que a iniciativa, junto de um dos afluentes da ribeira dos Milagres, conhecida pelas descargas de efluentes suinícolas, é “denunciar a situação do grande impacto poluente da indústria da carne sobre o meio ambiente, sobre a saúde pública”.

“Não esqueçamos que só em Portugal, toda a suinicultura, a avicultura, tem um efeito poluente equivalente ao de 12 milhões de pessoas”, disse Paulo Borges, considerando que os animais “vivem em autênticos campos de concentração”.

O responsável apontou, ainda, as “graves consequências na saúde pública” do consumo de carne.

“Segundo relatórios da Organização Mundial de Saúde, 75 por cento das doenças mais mortais nos países industrializados são devidas ao consumo excessivo de carne”, declarou, referindo, igualmente, o “terrível impacto ecológico”.

O cabeça de lista do PAN marcou presença em Leiria.
E apelidou a ribeira dos Milagres
de "símbolo nacional" da poluição ambiental
Paulo Borges adiantou que “60 por cento dos solos aráveis são dedicados à produção de cereais para alimentar gado”, sublinhando, também, que “tudo o que se produz para alimentar o gado em todo o mundo permitiria alimentar diretamente 200 milhões de pessoas, ao passo que há 100 milhões de pessoas que passam fome”.

“Ser vegetariano, além de ser um investimento na sua própria saúde, é um ato de compaixão em relação aos animais e é um grande contributo para a redução da fome no mundo e um grande contributo, também, para o equilíbrio ecológico em todo o planeta”, concluiu.

O cabeça de lista pelo círculo de Leiria, António Caldeira, acrescentou que “o problema das suiniculturas não se resolve com dinheiro”, mas antes “com a diminuição das suas causas”.

“Nós precisamos de reduzir drasticamente o consumo de carne”, defendeu o candidato que lamentou o “arrastar” da resolução do problema da poluição na ribeira dos Milagres e advertindo que pode ter repetição: “À medida que a pressão para maior consumo de carne está a aumentar no mundo, na Europa e em Portugal – que é um dos maiores consumidores de carne - mais problemas desta natureza nós vamos ter”.

O cabeça de lista, que classificou a ribeira dos Milagres como “símbolo nacional” da poluição ambiental, esclareceu que o caminho do PAN no círculo de Leiria começou em fevereiro e os eleitores “ainda não perceberam qual é a sua mensagem, qual é a sua dinâmica, quais são os seus valores”.

Uma situação agravada pela “situação nacional dos partidos com assento parlamentar de monopolizarem toda a cena política e toda a atenção dos media, o que faz com que o cidadão, normalmente, tenha poucas perspetivas em relação aos pequenos partidos”.

“O PAN é confundido com qualquer um dos outros pequenos partidos que concorre”, admitiu, acreditando, contudo, tem “futuro” e há de ser um “grande partido”.

Lusa

Sem comentários:

Enviar um comentário