sábado, 28 de maio de 2011

Caldas da Rainha: Bloco rejeita coligação com PS e quer entendimentos "muito para além" dos partidos

O coordenador do BE rejeitou hoje coligações com o PS que assinou, com a direita, o acordo com a troika, defendendo uma “concentração de esforços à esquerda” onde “têm que caber” não só os partidos mas “todas as pessoas”.

“Perante este vendaval de destruição económica, de destruição social, sensatez é o que pode unir muita gente à esquerda, ou quem tem votado no PSD ou no CDS”, defendeu, em declarações aos jornalistas depois de uma visita ao mercado da fruta das Caldas da Rainha, onde a chuva caiu fortemente e obrigou a comitiva a abrigar-se nos toldos dos vendedores.

Depois de no comício de sexta-feira, em Leiria, Louçã ter apelado ao voto útil na esquerda, os jornalistas questionaram o líder do Bloco de Esquerda sobre possíveis entendimentos com o PCP no pós-eleições.

"As eleições é que vão decidir o nosso futuro. É preciso muito mais entendimentos no país e muito para além dos partidos que está a referir”, respondeu.

Sobre uma aliança “entre a esquerda e o PS”, a resposta do líder do Bloco de Esquerda foi perentória: “Não, uma aliança da responsabilidade contra o acordo da 'troika'”.

“O PS o que escolheu foi assinar com Passos Coelho e Paulo Portas o congelamento das pensões, a destruição dos salários, 150 mil desempregados”, declarou.

Louçã quer assim “diálogo com toda a gente, sem nenhuma exceção”.

“O BE já está a dar a volta às sondagens, já está a subir e já está a responder naquilo que tínhamos que fazer que era nunca abandonar as respostas mais difíceis aos problemas mais difíceis”, enfatizou.

“A eleição de um deputado por Leiria ou por Coimbra dá esta garantia: PS, PSD e CDS vão-nos atacar com toda a artilharia que tiverem e nós temos a certeza que alguém que representa a defesa do país é o Bloco”.

O cabeça de lista por Lisboa disse ainda que “está enganado quem pensa que estas eleições são entre Passos Coelho e José Sócrates”.

Sobre os debates com o PCPT/MRPP, decorrentes da decisão do Tribunal de Oeiras, Louçã disse estar “disponível para discutir com todas as pessoas”.

Lusa

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