Basílio Horta, presidente da Agência para a Internacionalização da Economia Portuguesa (AICEP), falava no comício de Leiria, antes da intervenção do secretário-geral do PS, José Sócrates, num discurso em que levantou a plateia quando fez uma alusão aos paraísos fiscais do Luxemburgo e perguntou “para onde foi o dinheiro” dos buracos do Banco Português de Negócios (BPN) e do Banco Privado Português (BPP).
O responsável máximo do AICEP disse que na oposição, quando se acusa o Governo de ter mentido no valor do défice, esquece-se que “5,5 mil milhões de euros do BPN, 400 milhões de euros do BPP e mil milhões de euros dos submarinos foram inscritos no Orçamento”.
“Nós avivamos a memória, porque isto soma 6,9 mil milhões de euros e se isso não existisse o défice de Portugal era de 5,1 por cento – um dos mais pequenos da União Europeia em 2009. Já agora, para onde foi o dinheiro do BPN e do BPP? Onde está esse dinheiro?”, questionou.
Mas o ex-dirigente do CDS e ex-candidato a presidente da República deixou mais questões, pegando inclusivamente numa expressão de Pedro Passos Coelho, “esqueletos no armário”.
“Era engraçado, se nós olhássemos bem para os off-shore, nomeadamente para o off-shore do Luxemburgo” - e usássemos a expressão que o PSD tanto gosta -, quantos esqueletos é que saiam do armário?”, perguntou.
Depois, Basílio Horta repudiou a acusação de que foram os dois últimos Governos do PS quem “matou” as pescas, contrapondo que foi um executivo de maioria absoluta do PSD [liderado por Cavaco Silva] que “vendeu o nosso mar por 148 milhões de contos”.
O primeiro discurso esteve a cargo de Vítor Faria, mandatário dos candidatos a deputados do PS por Leiria, que fez críticas ao presidente do PSD e que também retomou o tema do Banco Português de Negócios (BPN), dizendo que este banco “foi fundado e afundado pelos amigos do PSD”.
Mas para o líder do PSD o mandatário do PS por Leiria também deixou uma farpa: “Não queremos Portugal a marcar passos, nem passos a marcar Portugal”.
Lusa
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