“Na minha opinião, há aqui uma vitória clara do PSD e um sinal de mudança evidente”, disse à agência Lusa Nuno Mangas, considerando que o resultado social-democrata “é o regresso a um tempo em que o partido teve votações mais expressivas no distrito”, mas “longe das votações em que Cavaco Silva conseguiu duas maiorias absolutas”.
O PSD teve hoje 47 por cento dos votos, o que lhe permitiu somar aos quatro deputados eleitos em 2009 mais dois. O PS, com 20,71% dos votos, conseguiu três mandatos, menos um que nas últimas eleições legislativas. O CDS-PP manteve um deputado e sensivelmente a mesma votação (12,80 por cento), enquanto o BE alcançou 4,97% e perdeu o mandato que conquistara há ano e meio.
A distribuição dos dez mandatos deste círculo encontra paralelo nos resultados de 2002. O presidente do Politécnico de Leiria considerou que a responsabilidade da descida do PS no distrito não se deveu ao seu cabeça de lista, Basílio Horta, mas antes ao contexto do país.
“Penso que não terá a ver com o cabeça de lista, cujo trabalho é reconhecido, mas com o contexto de crise em que estas eleições se realizaram”, sustentou Nuno Mangas, admitindo que esperava mais do CDS. “Tudo indicava que o CDS elegia dois deputados”, disse.
“A candidata por Leiria [Assunção Cristas] tem demonstrado grandes qualidades, seria expetável uma maior votação”, declarou Nuno Mangas, não manifestando surpresa pelo facto de o Bloco de Esquerda ter perdido o deputado eleito em 2009 e regressado à votação das eleições de 2005.
Lusa
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