“Então ele numa campanha tem o desplante de dizer que a troika deseja que ele ganhe as eleições? Vamos ver seu entendo. Ponhamos de lado até o argumento que é realmente um insulto à nossa democracia, como se a ´troika´ votasse nestas eleições – quem escolhe o seu governo, quem escolhe os seus representantes é o povo português”, começou por afirmar, num comício em Leiria.
E acrescentou: “Mas o que me ocorre vai um pouco para além disso. Então o doutor Passos Coelho acha que precisa do beneplácito do FMI, de uma espécie de certificação de competências do FMI para se afirmar como líder político? Então agora chegámos a isto? Um líder político afirma: ´ah, o FMI gosta mais de mim e por isso vocês têm que votar em mim”.
Com o que considerou ser uma “incrível e infeliz declaração”, o líder do PSD – sustentou – “revelou toda a sua agenda”.
“Ele sempre quis o FMI em Portugal (…) e por isso causou esta crise, para obrigar Portugal a pedir ajuda externa e ter agora aqui o FMI e a ´troika´ de forma a que fosse mais fácil impor e aplicar um programa de radicalismo neo-liberal”, disse.
É por essa razão, prosseguiu o líder socialista, que Passos Coelho “fala em ir mais longe” – “o que ele deseja é privatizar o Serviço Nacional de Saúde, a escola pública, a Segurança Social. Porque ele demoniza tudo o que é Estado e acha que o mercado tem respostas para tudo”, reiterou.
Lusa
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